terça-feira, 30 de abril de 2013

Trabalhando a variação linguística em sala de aula


        Trabalhar a variedade linguística na aula é muito importante, pois o aluno acaba refletindo e reconhecendo de maneira respeitosa os diferentes modos de falar, sendo levado perceber que a maneira de falar de alguém representa uma das mais fortes marcas de identidade social daquela pessoa, e que todas as variedades têm seu valor. O aluno poderá aprender a demonstrar uma atitude crítica e não preconceituosa em relação ao uso de variedades linguísticas.
     
         A Língua Portuguesa é uma unidade composta de muitas variedades, vivencia muitas transformações, mas traz em si a época e a classe em que o indivíduo vive, por essa razão, o ser humano deve estar consciente dessas variedades linguísticas e respeitá-las. Desta forma, podem ser propostas as seguintes atividades que possuem a duração de 2 horas/aula .

       
         Antes de propor a atividade, o professor deve criar uma discussão com os alunos sobre as questões históricas e sócio-comunicativas relativas à questão da diversidade linguística. Na 1ª aula, a primeira atividade será a busca na internet pela letra da canção "Assum Preto", de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Depois de pesquisarem, os alunos irão acompanhar a música através da escuta e da sua leitura (disponível em: http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/assum-preto.html). Em seguida, o professor deve pedir a manifestação dos alunos sobre o sentido do texto, debatendo sobre: de que se trata a música? Quais são as marcas de oralidade presentes na canção que acabam dificultando a compreensão? Quais os possíveis motivos da cegueira do pássaro?    
       
          Nesse debate, o esperado é que os alunos respondam que as marcas da oralidade não dificultam a compreensão do texto e que percebam que a letra da música se refere a um pássaro que teve seus olhos furados, pois, segundo a crença popular, seu canto soaria mais belo. Em seguida, os alunos devem ser levados para o laboratório de informática para pesquisarem sobre a biografia de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Após a conclusão da pesquisa, eles deverão formular e registrar no caderno hipóteses sobre o porquê da letra da música ter sido escrita com tal variante.
        Sabendo que Humberto Teixeira foi compositor e parceiro de Luiz Gonzaga (ambos nordestinos) na criação de muitas canções, além de advogado e deputado federal, eles perceberão que ela não foi escrita por uma pessoa com pouca escolaridade. Os estudantes deverão perceber que a intenção desse discurso é uma aproximação com a variante falada pelos sertanejos. E para finalizar, eles deverão transcrever a letra de acordo com a norma padrão.
         Na aula seguinte, a proposta é que os alunos pesquisem a letra do "Samba do Arnesto", de Adoniran Barbosa (disponível em: http://letras.terra.com.br/adoniran-barbosa/43968/). Depois de ouvir e ler a letra da canção, os alunos deverão explicar o que mais lhes chamou a atenção, e, provavelmente, irão falar da linguagem que para muitos está "errada". Para esclarecer o motivo dessa linguagem, eles pesquisarão sobre a biografia e a obra de Adoniran Barbosa e seu contexto de produção. Eles perceberão que Adoniran escrevia as letras nessa variante linguística não porque era analfabeto, mas porque pretendia reproduzir em suas letras o linguajar da população não-escolarizada. 
          
         O objetivo será alcançado se a aula contribuir para uma reflexão sobre o preconceito linguístico, quando certas variantes sociais são discriminadas com relação a outras. Como a avaliação, o professor pode pedir aos alunos que tragam para aula outras canções que sirvam de exemplo das diversas variantes da língua portuguesa. Eles poderão analisar as letras, sua construção estética, seu contexto cultural e social, para perceberem os objetivos comunicativos de tais canções.   
         
          As atividades descritas podem ser produtivas para aprender a língua padrão, para uma reflexão sobre as adequações linguísticas. Podem conscientizar os alunos de que quando se fala em Língua Portuguesa, está se falando de uma unidade que possui muitas variedades e cada uma dessas variedades (padrão e não padrão) possuem seus contextos de uso.

Referência Bibliográfica:                           

AMARAL, Wendell de Freitas. A variação linguística vista a partir de letras de música. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=19944>. Acesso em:  9 Jun 2012.


O ensino de gêneros orais



Uma das tarefas mais cobradas dos professores de hoje é o trabalho com gêneros textuais. Nesse trabalho, é de extrema importância o processo de ensino e aprendizagem dos gêneros orais formais públicos, pois eles são um dos mais poderosos instrumentos de inserção social e de exercício da cidadania.

Os gêneros orais formais públicos apresentam uma natureza multissemiótica, pois envolvem muitos recursos ao mesmo tempo, como por exemplo: a gestualidade, olhar, movimentação do corpo e expressividade facial. Um mesmo gênero oral formal público pode apresentar formatos variados, e ainda é possível perceber os recursos de estruturação textual e de estruturação semântico-discursiva que, aparentemente, são pouco estruturados.

 Dolz e Schneuwly (1998) descrevem uma experiência que foi realizada na Suíça para a prática de ensino da expressão oral e escrita na escola. Os autores comentam sobre a progressão (componente do currículo), ou seja, a organização temporal do ensino que objetiva a aprendizagem, procuram demonstrar que o professor precisa definir a sequência de atividades, as finalidades e as etapas a serem seguidas para que os alunos progridam e alcancem aprendizagem desejada.

Os autores organizaram uma progressão do ensino constituída com base no agrupamento de gêneros, levando em conta as diferentes possibilidades de operações de linguagem. Procuraram construir com os alunos, instrumentos que levassem ao desenvolvimento das capacidades necessárias para a apropriação dos gêneros agrupados.


            De acordo com Schneuwly e Dolz (1998) ), qualquer introdução de um gênero na escola é o resultado de uma decisão didática, possuindo objetivos precisos de aprendizagem, que são divididos entre dois tipos: trata-se de aprender a dominar o gênero para melhor conhecê-lo ou apreciá-lo, para melhor saber compreendê-lo, para melhor produzi-lo na escola ou fora dela, e, em segundo lugar, de desenvolver capacidades que ultrapassam o gênero e que são transferíveis para outros gêneros próximos ou distantes.

Os autores desenvolveram um modelo didático da “exposição oral” (seminário), explicando, selecionando e descrevendo suas características, seus conteúdos e objetivos de ensino. Foram apresentadas duas possíveis sequências didáticas do gênero “exposição oral” para séries/ciclos diferentes. Eles sugeriram a utilização de sequências didáticas, que foram elaborados para melhorar as práticas de linguagem, portanto, fundamentais para o processo de apropriação dos gêneros.

Foi proposto que se deve trabalhar baseado na observação do exemplar do gênero em questão; sistematização de suas principais características; compreensão dos fatores que possibilitam sua compreensão (intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade); conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero; produção do gênero na sala de aula.

Portanto, para o ensino de gêneros orais formais públicos, é necessário observar e procurar compreender, para poder ensinar, como a sua natureza multissemiótica contribui para a construção dos sentidos, e por meio de quais recursos e formatações.

É importante a leitura da obra Gêneros orais e escritos na escola, de Dolz e Schneuwly (1998) por todos os professores de Língua Portuguesa, estudantes de Letras e pesquisadores da área. Ela pode complementar o trabalho com gêneros textuais na escola, pois traz informações sobre o modo de pensar e fazer o ensino com gêneros, levando em consideração as dúvidas mais frequentes dos professores de língua portuguesa com relação aos gêneros textuais (orais ou escritos). O livro está organizado em três partes: teoria, método e prática respectivamente, garantindo uma melhor apreciação e entendimento da obra.

Referência Bibliográfica
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B.; DE PIETRO, J.-F.; ZAHND, G. A exposição oral. IN: B. SCHNEUWLY; J. DOLZ e colaboradores. Gêneros orais e escritos na escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004[1998]. P. 215-246. Tradução e organização de R. H. R. Rojo e G. S. Cordeiro.


Tecnologia e interatividade


          A tecnologia está conquistando cada vez mais espaço na educação, apresentando benefícios nítidos. Porém, a tecnologia por si só não é suficiente, pois é necessário investimento na formação de profissionais, afim de que possam aprender a lidar com os novos rumos da educação. Isso faz-se necessário , pois existem mudanças de comportamento da atual geração, que tem cada vez mais acesso à informação e interação com as mídias sociais.
         
          Com a introdução da tecnologia no ensino, subentende-se cada vez menor a utilização do quadro negro, do livro-texto e do professor conteúdista. Ela possui como principal característica a interatividade. No entanto, não se trata de substituir o livro pelo texto tecnológico, a fala do professor e outros recursos tradicionais pelas fascinantes novas tecnologias. Pois os mais poderosos e autênticos "recursos" da aprendizagem continuam sendo o professor e o aluno que, juntos, poderão descobrir novos caminhos para a aquisição do saber .

          O fato de se aplicar treinamento aos professores em cursos intensivos e de se colocar novas tecnologias nas escolas não significa que haverá melhoria da qualidade do ensino. Fazer uso do computador como uma simples lousa não gera motivação e nem explora todo o potencial desta ferramenta, além de não ser interativo. Se o aluno ler no computador o mesmo texto que ele poderia ler no livro, não irá fazer com que ele aprenda melhor, ou se torne cidadão crítico no mundo. O computador é uma ‘ferramenta’ que intermedia a ação do professor e o aprender do aluno, é um auxiliar, sempre disponível e muito útil, mas quando é bem utilizado.

          As ferramentas tecnológicas, por exemplo: PowerPoint pode ser útil na exposição de conteúdo, desde que exista criatividade, o conteúdo da aula pode no final ser impresso ou ser “xerocado”, quando se deseja que o aluno não se distraia na cópia de detalhes do conteúdo no momento em que está sendo explicado. Na realidade, a tecnologia facilita a transmissão da matéria, mas a função do professor é fazer a correta utilização da tecnologia, para que sirva de auxílio para o aluno a resolver problemas que exijam raciocínio e reflexão.

          A interação, a atuação participativa, é necessária em qualquer tipo de aula com ou sem tecnologia, pois oportuniza a vivência do aluno na negociação de significados que o levará à aprendizagem de uma prática social, que é a construção do conhecimento.  Nesse contexto, percebe-se que o papel/competências do professor, é o de mediar a interação, utilizando recursos tecnológicos de maneira criativa, na busca da construção conhecimento.

          É preciso saber usar a tecnologia, pode-se planejar uma aula passando o conhecimento do jeito  tradicional , depois, em casa, o professor pode pesquisar as melhores fontes sobre o conteúdo ensinado, e na aula seguinte propor, por exemplo, que os alunos assistam aos vídeos em sites especializados na web. Nessa aula, o professor poderá corrigir exercícios propostos a partir desses vídeos e em seguida pedir para que os alunos, em duplas, produzam um relatório, e seguida, poderá compartilhá-lo com os colegas e com a professora através de algum serviço de arquivos on-line.

          Mesmo que não haja tecnologias digitais, é possível que haja interatividade. Pode-se, por exemplo, utilizar textos, fragmentos da programação da TV, filmes inteiros ou em fragmentos, gravuras, jornais, músicas, falas, etc para complementar a aula. A interatividade não depende, necessariamente, do uso de computadores no processo, e o uso do computador não garante, necessariamente, interatividade! Uma roda de conversa entre professor e alunos, por exemplo, pode ser extremamente interativa. Interagir é mais que assistir, isso significa que se o aprendiz ou usuário produz, usa e controla, ele ganha em conhecimento.

          Portanto, o professor deve ser um “guia de aprendizagem”, estimular a interatividade, devendo criar atividades de pesquisa que estimule a construção do conhecimento a partir de situações problemas, onde o sujeito possa contextualizar questões locais e globais do seu universo cultural, trabalho que levará ao aprendizado. A criação um ambiente de ensino e aprendizagem que seja instigante é muito importante, pois além de proporcionar oportunidades para que os alunos pesquisem, fará com que eles se tornem mais autônomos.



Referência Bibliográfica:                           
SILVA, Marcos. Indicadores de Interatividade para o professor presencial e on-line. Disponível em: < http://ggte.unicamp.br/redefor3/cursos/diretorio/leituras_606_52//SILVA_2004.pdf?1337623460>.  Acesso em: 19 Mai 2012.









A escola e as manifestações culturais juvenis


As grandes cidades estão cada vez mais coloridas, com mensagens gráficas em seus muros, paredes e postes. Essa prática está ganhando mais espaço na medida em que a juventude vai se destacando na esfera cultural, social, econômica e política. Os jovens são responsáveis por boa parte dessa escritura da superfície das cidades nas quais deixam suas marcas e suas ideias. As linguagens em grafites, stickers, reverse graffiti e pichações estão se impondo e com isso, chamando a atenção da sociedade.

Uma escola consciente deve considerar essas manifestações culturais juvenis (grafites, pichações, reverse graffiti e stickers), pois essas mensagens gráficas urbanas são um tipo de arte, na qual fazem parte da realidade do aluno, e estando integrada com outras áreas do conhecimento, pode permitir uma maior compreensão do mundo, aproximando os conteúdos com a sua vida e realidade.

Os alunos podem ser incentivados a fotografar pichações e grafites presentes na cidade, na escola, ou encontrá-los na internet para levá-los a aula. Pode-se solicitar que mostrem os materiais fotografados ao colega, e discutam sobre o que são grafites e o que são pichações, sobre quais são os sentidos e impressões da imagem. Depois, os alunos deverão ter a oportunidade de escolher um grafite e compor um poema para representá-lo ou refletir sobre a crítica produzida nele. Esses poemas poderão ser expostos junto com os grafites em  varais de poesia .

As aulas devem dar espaço para dialogar com essa cultura juvenil, devendo considerar as opiniões e conhecimentos que os alunos têm a respeito da pichação e do grafite. Para isso, o professor deve trabalhar textos que levem a discutir sobre essas manifestações urbanas, sobre o espaço público e privado, e através de buscas na internet, conhecer um pouco a respeito da legislação brasileira referente à atividade da pichação e do grafite no meio urbano.

O tema é polêmico, pois estas atividades são consideradas por muitos uma marginalidade e vandalismo, e como é um tema que faz parte da realidade cotidiano dos alunos, deve ser trabalhado em sala de aula. Por isso, é interessante a realizar debates sobre o fato de a pichação ser considerada por muitas pessoas uma arte marginal.

       Ao levar textos sobre grafite, por exemplo, o professor pode levantar questões como: Qual seria a função dos grafiteiros? O grafite pode ser considerado como uma manifestação de linguagem? Em quais lugares os grafites são encontrados? O grafite está relacionado à cultura urbana? Como? Qual a relação dos grafiteiros e a exclusão social? Sua arte pode ser entendida como uma forma de enfrentamento? Após essa discussão, o professor poderá pedir para os alunos produzirem um artigo de opinião acerca do tema: Grafite: arte ou poluição visual? Cultura urbana ou marginalidade ?

É muito importante que essa produção de texto ganhe circulação social, podendo ser postados em blogs de grafiteiros ou em um blog criado pela turma. Além disso, um grafiteiro poderia ser convidado a ensinar técnicas básicas de grafite para os alunos, ou caso não se consiga um grafiteiro, eles poderiam experimentar a arte do grafite livremente, em algum espaço disponibilizado pela escola, através de um trabalho interdisciplinar com o professor de Artes. Seria uma rica experiência entre as disciplinas de Língua Portuguesa e Artes.

Depois de realizadas as atividades da escola, é importante discutir com os alunos sobre o que mudou no seu ponto de vista com relação à arte do grafite e pichação. Com trabalhos assim, o aluno poderá aprender a relacionar grafite com a cultura urbana e a respeitá-la como manifestação social. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
REDUCINO, Marileusa de Oliveira. Pichação e Arte Grafite. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=9427>. Acesso em: 24 jun 2012.
SILVA, Walleska Bernardino. Grafite: cultura urbana. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28722>. Acesso em: 24 jun 2012.
UKZAC, Eliane Sanhudo. Educação e grafite. Disponível em: <http://200.132.38.201:8080/dahora/artigos/educacao-e-grafite/>. Acesso em: 24 jun 2012.
YARED, Gabriel. Os gemeos. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=nbw2a4yOC80>. Acesso em: 24 jun 2012.
ZANATTA, Claudia Vicari. UCA: Atividade Urbana da Pichação e do Grafite. Disponível em <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=26442>. Acesso em 24 jun 2012.
  




As tecnologias e sua influência na educação


           As Tecnologias de Informação e Comunicação estão transformando o cotidiano dos profissionais de todas as áreas, inclusive do profissional da educação. Sabe-se que as crianças e adolescentes têm acesso cada vez mais rápido ao celular, ao computador, à internet e a outros recursos tecnológicos, isso impulsiona o professor a modificar sua prática pedagógica.
          Muitos ainda veem as tecnologias, em especial a internet, como uma grande inimiga da educação, pois acreditam que ela esteja prejudicando a linguagem escrita, porém se esquecem de que a leitura e a escrita foram criadas para servir ao ser humano, e o internetês, grande inimigo de alguns professores, é resultado da espontaneidade e agilidade da comunicação escrita, cabe aos educadores conscientizá-los de que existem determinados contextos comunicativos que exigem a linguagem culta.
          Sempre existiu o tradicionalismo para a evolução da língua, mesmo assim, aos poucos foram ocorrendo mudanças, e a mudança ocasionada pelas novas formas de comunicação não será prejudicial desde que garanta uma efetiva e clara comunicação de seus interlocutores. Os jovens dominam as variadas ferramentas que a internet oferece, pois quase todos  a utilizam com frequência, até mesmo pelos celulares, e sabem que é preciso cuidado para utilizá-la.
         Determinadas tecnologias sempre passam por um período inicial de familiarização e apropriação, quem já se familiarizou com o uso do computador e da internet, por exemplo, logo descobriu que dominando os recursos que essas tecnologias oferecem, poderiam contribuir muito para facilitar a vida pessoal e profissional.
         A internet é uma fonte de pesquisa que apresenta uma variedade ampla de textos, e por ser acessível e também atraente aos jovens, deve ser estimulado o seu uso, ensinando os alunos a selecionar de forma crítica as informações encontradas para a produção de seus trabalhos.
O professor, através da sua postura e do seu conhecimento, é quem efetiva a utilização desses recursos tecnológico e científico, por isso ele acaba adquirindo uma nova função, deixando de ser o transmissor de conhecimento para ser o estimulador ou mediador. “O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante”. (Moran, 1995).
          Para que ocorra a aprendizagem, o professor, além de utilizar a tecnologia digital na sua proposta pedagógica, precisa criar vínculos com seus alunos, conhecer seus interesses, descobrir o que o aluno já sabe, o que o ele não sabe e o que gostaria de saber.
        É importante Colocar o aluno a par sobre o que será abordado e convidá-lo a contribuir deixá-lo-á motivado. "Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender”. (Moran, 2000).
        O profissional da educação também necessita de atualização constante, sempre buscar novas informações, pois saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente para atender as necessidades atuais dos alunos, ou seja, é importante saber o que o aluno quer conhecer.
  O processo de ensino aprendizagem precisa estar vinculado ao contexto social em que o aluno está inserido. Isso significa que é necessário conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros recursos pedagógicos.
        O professor tem à sua disposição várias ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas, uma delas é a internet. Os blogs, por exemplo, são uma das ferramentas que possibilitam a publicação de trabalho dos alunos, sendo uma forma de motivação, além de permitir disponibilidade de textos, imagens e sons para os alunos. Chats e e-mails também possibilitam ao professor uma nova maneira de estar tirando dúvidas a qualquer momento, além de servir para orientar virtualmente as pesquisas e atividades. O professor passa a ter a função de orientar os alunos na construção do conhecimento.
Na internet o espaço de trocas de conhecimento aumenta e o processo de comunicação inova, tornando o processo de comunicação mais participativo (incentivando cada vez mais o trabalho coletivo de alunos e professores) e como consequência a relação do professor com o aluno fica mais aberta e interativa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
MORAN, José Manuel. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Disponível em <http://www.eca.usp.br/prof/moran>. Acesso em 28 abr 2012.

Trabalhando o gênero notícia


É de extrema importância o trabalho com os gêneros em sala de aula na disciplina de Língua Portuguesa, porque é através do conhecimento da forma e conteúdo dos gêneros que o aluno construirá seu conhecimento sobre os textos, suas funções, seu efeito de sentido, tanto na escola quanto no seu dia a dia. O trabalho com gêneros textuais é capaz de formar um leitor com consciência cidadã, por isso a sociedade espera que a escola, sendo uma instituição legalmente responsável por ensinar, garanta a formação dos alunos para que os mesmos enfrentem, com sucesso, os desafios que a sociedade lhes impõe.
Os gêneros são processos do discurso dinâmicos que se estabilizaram historicamente pela sua circulação em sociedade, mas deve-se ter consciência de que toda a tipologia do discurso, que se reduza a identificar formas, tipos de textos ou situações de uso, está condenada ao fracasso, pois as práticas sociais são processos que estão em contínua transformação, portanto tentar definir o gênero jornalístico, por exemplo, pode não ser uma tentativa bem sucedida, pois o mesmo comporta vários gêneros, e as condições de produção e circulação afetam o sentido que os textos provocam. 
A leitura do texto jornalístico é muito importante para a formação do cidadão, para que ele seja capaz de entender, atualizar-se sobre a realidade social, ajudando na formação de opiniões, desenvolvendo a capacidade de reflexão, fatores que são essenciais para garantir sua efetiva participação na sociedade. A importância dada a esse gênero é motivada pela ideia de que os alunos precisam ler textos mais próximos de sua realidade, mais atuais, tanto com relação ao ponto de vista sobre o tema quanto ao da linguagem.
A notícia é uma forma de divulgação de um fato importante ou um acontecimento socialmente relevante que merece publicação numa mídia, para que todos tomem conhecimento. São fatos culturais, sociais, econômicos, políticos, naturais e outros. Existem algumas características do texto jornalístico que podem servir de apoio ao professor para o trabalho com seus alunos: concretude, expressão das aparências e não da sugestão, limitação do repertório verbal e redação em terceira pessoa.
Para Lage (2004), a linguagem jornalística também está relacionada com os registros de linguagem (o formal e o coloquial), o processo de comunicação (uso quase obrigatório da 3ª pessoa) e compromissos ideológicos (grandes e pequenas questões da ideologia estão presentes na linguagem jornalística).
Como já foi dito, a linguagem jornalística está repleta de ideologias, e sabe-se que a mesma tira a visão crítica dos indivíduos levando-os a um estado de comodismo e passividade. Com o jornalismo na televisão, rádio ou internet não é diferente, pois a mesmos às vezes acabam criando uma geração conformista na sociedade, podendo até mascarar a sua realidade. Noticia-se um fato de acordo com os interesses do meio de comunicação em que está sendo divulgando, isso caba influenciando ou até dominando o pensamento e opiniões de quem não tem senso crítico. Portanto, é importante desenvolver estratégias que levem a criação de seres críticos, para que os mesmos não sejam manipulados, podendo enxergam além do que está sendo falado ou escrito, analisando o que está ideologicamente escondido.
Uma das possibilidades de se trabalhar com o gênero notícia é fazer a leitura de notícias de jornal ou revistas, com a finalidade de que os alunos identifiquem o lide e as principais marcas linguísticas do gênero, as variáveis (enunciativas) dos autores e observar o que está implícito no texto. É importante que nesse trabalho as notícias selecionadas estejam inseridas no contexto do aluno, levando em consideração o cotidiano para que seu horizonte linguístico discursivo possa ir se ampliando.
A construção de um jornal é uma das formas para trabalhar com o gênero notícia em sala de aula. Deve-se refletir com os alunos sobre as notícias apresentadas nos telejornais e as notícias escritas em jornais.       Como atividade, pode-se pedir para os alunos recortarem em jornais uma manchete, um editorial, um conselho editorial, uma notícia, uma entrevista e algo que mais lhes agradem. É muito interessante também que o professor peça aos alunos para trazerem uma mesma notícia que tenha sido divulgada em vários meios de comunicação (jornais, televisão, rádio e internet), depois os mesmos podem analisar como cada veículo comunicativo abordou a mesma notícia, assim eles perceberão que o texto jornalístico apresenta suas ideologias e interesses daqueles que o divulgam.
Já que um dos objetivos da escola ensinar ao aluno a interagir, em diferentes situações sociais, é necessário ampliar seu repertório linguístico, para que ele tenha condições de organizar seu discurso para diferentes fins. Nesse aspecto, somente o trabalho com os gêneros poderá garantir um olhar mais amplo para o uso efetivo da língua. Ao dominar gêneros, também se está agindo politicamente, por esse motivo a escola deve apresentar e trabalhar, por meio da leitura e da escrita, uma grande variedade de gêneros para que os alunos sejam capazes de produzir aquilo que está sendo cobrado pela sociedade. Os gêneros estão presentes na linguagem do sujeito, fazendo parte de seu cotidiano, por isso é necessário dominá-los.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BANDEIRA, Edilva. O trabalho com gêneros textuais no ensino de Língua Portuguesa. Disponível em: <http://profedilvabandeira.blogspot.com.br/2011/12/otrabalho-com-generos-textuais-no.html>. Acesso em: 27 mar 2012.
BENASSI, Maria Virginia Brevilheri. O gênero “notícia”: uma proposta de análise e intervenção. Disponível em: <http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_linguisticos/pfd_linguisticos/069.pdf>. Acesso em: 24 mar 2012.
CAREGNATTO, Marione Fátima Picini; COSTA-HÜBES, Terezinha da Conceição. Uma reflexão sobre o gênero notícia impressa: Trabalhando com sequência didática a partir da construção de um modelo didático de gênero. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2002-8.pdf>. Acesso em: 24 mar 2012.
LAGE, N. Linguagem jornalística. 7 ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.
NIEDZIELUK, Luzinete Carpin. Formas para trabalhar com os gêneros notícia e entrevista em sala de aula. Disponível em: <http://celsul.org.br/Encontros/05/pdf/119.pdf>. Acesso em: 24 mar 2012.
ORLANDI, E. P.  Sobre tipologia de discurso. In: _____.  A linguagem e seu funcionamento. As formas do discurso. Campinas: Pontes, 1987, p. 217-238.

Função autor e efeito leitor


               A capacidade leitora é uma das habilidades mais importantes e essenciais que podem ser desenvolvidas por um ser humano. Através da leitura, o aluno pode compreender e entender a sua realidade, podendo chegar a importantes conclusões sobre o mundo em que vive, além de dar suporte para o estudo de outras áreas do conhecimento.
               O aluno somente terá habilidade de leitura se realmente tiver o hábito de ler. A leitura é uma atividade na qual o "leitor" constrói o sentido do texto. Orlandi (2006.p.38) considera que o leitor não apreende meramente um sentido que está lá; o leitor atribui sentido ao texto. O leitor possui um papel fundamental na compreensão do texto, isso significa que o receptor do discurso é tão produtor do efeito de sentido de uma mensagem quanto o seu emissor.
                A leitura pode ser um processo bastante complexo e que envolve muito mais do que habilidades. Saber ler é saber o que o texto diz e o que ele não diz, mas o constitui significativamente (Orlandi, 2006, p.11).
              Nos escritos são desvendados outras culturas, hábitos, e histórias diferentes se revelam e são compreendidas, sendo o gesto de "ler" uma das coisas mais importantes que a escola tem a ensinar aos seus alunos.
              Mas sabe-se que a escola controla a apropriação de discursos, ou seja, o texto produzido como atividade escolar muitas vezes é um verdadeiro fracasso, pois está ligado exatamente às práticas educacionais que adotam a atividade de escrita como um exercício disciplinar com finalidade avaliativa. O aluno perde de vista o interlocutor, tendo como objetivo a nota e exercendo a sua função autor muitas vezes de modo descuidado.
             Para que a escola produza leitores capazes de autoria, é preciso que eles assumam a sua função autor, ou seja, eles devem elaborar o seu próprio texto, não devem apenas formar um texto com um amontoado de palavras que não são suas.
            Isso significa que a função-autor ou efeito-leitor no contexto escolar, com relação às práticas docentes, deve ser voltado à leitura interpretativa-crítica, formando leitores ideais capazes de aprofundarem-se no real sentido do texto, interpretando-o de maneira original.
            Consegue-se isso com o desenvolvimento do gosto pela leitura. O professor deve conhecer seus alunos, seu estilo de vida, culturas e ideologias, e tomar como ponto de partida as inúmeras experiências vividas pelos alunos. Essa é à base de uma preparação de aprendizagem de leitura, devendo sempre valorizar as opiniões e gostos desses alunos, além de planejar uma nova maneira de dar aulas, um novo jeito de ensinar, algo que os fascinem, levando ao prazer e o gosto pela leitura. Esse novo jeito de ensinar pode utilizar as novas tecnologias e outras formas de artes que, segundo, Orlandi (2.006),
        
A convivência com a música, a pintura, a fotografia, o cinema, com outras formas de utilização de som e com a imagem, assim como a convivência com as linguagens artificiais poderia nos apontar para uma inserção no universo simbólico que não é a que temos estabelecido na escola. Essas linguagens todas não são alternativas. Elas se articulam. E é essa articulação que deveria ser explorada no ensino de leitura, quando temos como objetivo trabalhar a capacidade de compreensão do aluno.

            Formar um leitor competente significa formar alguém que compreenda o que lê e que aprenda a ler o que não está escrito, ou seja, aquilo que está implícito, que estabeleça a intertextualidade, relacionando o texto que lê com outros textos já lidos, que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um mesmo texto.
            Esse leitor competente irá se formar através de uma prática constante de leitura. O professor deve trabalhar em torno da diversidade de textos que circulam socialmente, envolvendo todos os alunos, até mesmo aqueles que ainda não leem convencionalmente.
           O educador deve procurar promover o encurtamento entre os elementos textuais e os conhecimentos que o leitor tem do que está lendo, aproximando o leitor do texto, pois assim leitura passa a ter mais sentido e significado.
           Ao elaborar um texto, o autor-leitor de outros textos deve assumir um novo papel: a de leitor-avaliador de seu próprio produto. Nessa atitude, ele deverá imaginar a si mesmo, colocando-se na posição de leitor, observando criticamente, os efeitos produzidos por suas próprias palavras e fazendo uma revisão de seu próprio papel como autor.
          Pêcheux (2001) afirma que existe uma habilidade, que é a capacidade de imaginar o modo como o próprio discurso produz efeito no outro, precedendo o ouvinte e prevendo onde este o espera. O mecanismo de antecipação implica que o enunciador experimente, mesmo que parcialmente, o lugar de ouvinte, a partir do seu próprio lugar de enunciador, isso acontece na reescrita.
         A releitura provoca um distanciamento da função-autor e conduz o aluno a uma avaliação da posição leitor, assim ele promove um diálogo com o próprio texto, joga com os papéis de leitor e de autor e faz alterações.
        Quando o aluno assume a função-autor-leitor de seu próprio texto, procede a uma revisão da autoria realizada anteriormente, reinterpretando seus dizeres e efetuando novas escolhas significativas.
        O insucesso atribuído ao aluno-autor nas produções textuais escolares nada mais é do que o poder uma distorção das formações imaginárias nos gestos da função-autor. Os alunos devem ser incentivados a escrever, ler e reler seu texto e depois reescrevê-lo. O trabalho de escrita e reescrita permite uma vivência da própria individualidade, trabalhando dessa forma pode-se chegar ao sucesso de redações bem elaboradas.  

Referência Bibliográfica:
http://ggte.unicamp.br/redefor3/cursos/aplic/index.php?cod_curso=544
•        http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_5943/artigo_sobre_a_importancia_das_habilidades_para_a_compreensao_leitora
http://www.revistas.uea.edu.br/old/abore/artigos/artigos_3/Suely%20Barros%20Bernardino%20da%20Silva.pdf
http://teses.ufrj.br/EEAN_D/AntonioMarcosTosoliGomes.pdf
http://silvana-carvalho.blogspot.com.br/2008/10/importncia-da-leitura-e-escrita-nas.html
http://www.discurso.ufrgs.br/anaisdosead/3SEAD/Simposios/ElianeMarquezDaFonsecaFernandes.pdf
PECHEUX, M. Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Unicamp, 1997. 317 p.
______. Análise Automática do Discurso. In: GADET, F; HAK, T. (orgs.) Por uma Análise Automática do Discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. Cap. 2, p. 61-161.
PÊCHEUX, M. et al. Apresentação da Análise Automática do Discurso. In: GADET, F; HAK, T. (orgs.) Por uma Análise Automática do Discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. Cap. 6, p. 253-282.
PECHEUX, M.; FUCHS, C. A Propósito da Análise Automática do Discurso: Atualização e perspectivas. In: GADET, F; HAK, T. (orgs.) Por uma Análise Automática do Discurso: uma introdução à obra de Michel Pêcheux. Campinas: Editora da Unicamp, 2001. Cap. 5, p. 163-252.
ORLANDI, Eni. Análise de Discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 1999.
ORLANDI, Eni. Discurso e leitura. São Paulo: Cortez, 2006.

“Samwaad – Rua do Encontro”


              O Projeto “Dança Comunidade”, idealizado e liderado por Ivaldo Bertazzo (coreógrafo e dançarino) é um interessante e importante trabalho realizado com adolescentes da periferia de São Paulo. Um projeto como esse, foi necessário a presença de profissionais especializados como: fisioterapeuta, professor de percussão, especialista em língua portuguesa, coreógrafo, enfim, uma estrutura de qualidade (espaço), e também, muita vontade de aprender por parte dos alunos.
             A importância de trabalhos como esse consiste no fato de que ele é capaz de resgatar a identidade, o protagonismo, a cidadania, a sensibilidade artística, garantindo o acesso a bens culturais valorizados (língua padrão, música, dança, história da dança etc.) aos jovens, ou seja, é apresentando uma expectativa diferente daquela vivida por eles todos os dias.
             O espetáculo “Samwaad – Rua do Encontro” é o resultado de muito trabalho e esforço, mostrando-se rico e grandioso, pois ele foi capaz de unir extremos culturais pela sutileza da dança e da música, questionando identidades, linguagens e gestos.
             Ao assistir ao espetáculo percebe-se claramente que houve a necessidade de um trabalho interdisciplinar. Em seu contexto a harmonia foi garantida através do trabalho das disciplinas de Língua Portuguesa (também línguas estrangeiras) por meio de aulas para os alunos aprimorarem sua linguagem; da Arte para aprenderem sobre a dança, teatro e música; da Educação Física no trabalho de expressão corporal.
             A dança se integra aos ritmos e gêneros musicais, garantindo certa harmonia, através do figurino, cooperação, equilíbrio, resistência, disciplina dos corpos, em uma dança com passos sincronizados.
O projeto ainda proporciona os conhecimentos multiculturais, apresentando vários ritmos e gêneros musicais, originários de várias culturas. A música é baseada em escrituras sagradas do hinduísmo que fala sobre iluminação e entendimento. O timbre do tamborim dialoga com a citara indiana, o samba dialoga com o odissi.
            Os elementos de várias culturas: samba, choro, dança de rua, capoeira, bharata natyan, dança afro e os clássicos acordes indianos em uma fusão espetacular, garantem o a harmonia de corpos de diferentes vivências, trajetórias e identidades.
           O espetáculo “Samwaad – Rua do Encontro” mostra uma fusão cultural do popular com o melhor da tradição clássica indiana, percebe-se que a cultura indiana é a que mais predomina durante toda a apresentação, a começar pelo próprio nome “Samwaad” que em hindu significa harmonia, característica foi garantida e, também apreciada pelo seu público no decorrer de todo o espetáculo.
           A função-autor é exercida pelos dançarinos do espetáculo, em todo seu conjunto, desvendam outras culturas que são compreendidas pelo seu público. O público é o receptor do discurso da apresentação, este é tão produtor do efeito de sentido do espetáculo quanto o seu emissor.
           A apresentação permitiu ao público a observação do leque de possibilidades de comunicação através da arte da dança, pois ela eleva todos os seres a um nível único de interação, comunicação e linguagem.
          O efeito-leitor produzido no público foi uma receptividade que deixou clara a admiração pela superação do corpo humano e pela vontade de crescer dos jovens carentes das periferias de São Paulo. Em todo o espetáculo existiu uma situação de identidade do “eu” plateia e através da sintonia provocada no ato da execução da obra de Bertazzo.
          Ao compreender toda riqueza presente nesse projeto, nota-se a importância de uma reestruturação de todo o ensino público, que deveria garantir cada vez mais a interdisciplinaridade e conhecimentos multiculturais, mostrando aos jovens novas possibilidades de vida. Consequentemente existirá uma chance maior de formação de verdadeiros cidadãos capazes de agir e melhorar a sociedade em que estão inseridos.

 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BERTAZZO, Ivaldo. Globo Reporter - Projeto Dança Comunidade. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=JZC_yi932Ls>. Acesso em 06 abr 2012.
BENVEGNU, Marcela. Samwaad. Disponível em: <http://www2.uol.com.br/tododia/ano2004/novembro/021104/marcela.htm>. Acesso em 06 abr 2012.

Comparando propostas curriculares


Os principais critérios e conjuntos que compõem os agrupamentos de gêneros propostos por Dolz e Schneuwly (2004 [1996]) mostram que é preciso que os agrupamentos correspondam às grandes finalidades sociais, respondendo às necessidades de linguagem em expressão escrita e oral, em domínios de comunicação da sociedade.
Os agrupamentos, de modo flexível, retomam algumas distinções tipológicas que já estão presentes em numerosos guias curriculares. Além disso, espera-se que eles sejam homogêneos quanto às capacidades de linguagem dominantes implicadas na mestria dos gêneros agrupados. 
A principal finalidade dos agrupamentos de gêneros, dentro da ideia de progressão curricular, trata de construir, com os alunos, em todos os graus de escolaridade, instrumentos que desenvolvam capacidades necessárias para dominar o os gêneros que estão agrupados, devendo ser trabalhado em todos os níveis da escolaridade, através de um ou outro gênero que o constituem.
Ao trabalhar com a progressão, diversidades entre os gêneros nas séries, pode se adquirir capacidades de leituras e produção de diferentes gêneros. Portanto, no currículo, todos os agrupamentos devem ser trabalhados, de maneira cada vez mais complexa, pois assim garantirá tanto a diversidade de aprendizagem como a de progressão. 
A proposta didática de Dolz e Schneuwly (2004 [1996]) tem a preocupação de variar os gêneros e agrupamentos a serem estudados em sala de aula justamente para que o aluno possa desenvolver as capacidades de linguagem que cada situação de comunicação exige.
Os autores fazem uma crítica ao ensino de língua portuguesa ao dizerem que os professores dispõem claramente da descrição dos conteúdos gramaticais para cada uma das séries e, com relação às atividades de expressão oral e escrita, onde existe uma maior complexidade, têm poucas indicações. Os autores mostram que um bom jeito de trabalhar com essa questão é com a realização de sequências didáticas que tem por objetivo os gêneros.
É muito importante promover o ensino de língua portuguesa baseado nos gêneros textuais, e também garantir o trabalho de agrupamentos dos gêneros em sala de aula, pois os textos que pertencem ao mesmo gênero podem apresentam diferentes textualidades, pois geralmente se inserem em diferentes domínios sociais de comunicação, predominado diferentes aspectos tipológicos.
Percebe-se que o atual currículo genebrino privilegia uma proposta baseada no ensino de gêneros que visa à progressão no ensino, nos diferentes ciclos do Ensino Fundamental, pois dessa forma espera-se garantir a diversidade de aprendizados. 
Enquanto isso, a Proposta Curricular do Estado de São Paulo adota conceito de gênero igual à ideia de agrupamentos, mas é trabalhado um agrupamento especifico em cada série/ano do ensino, a fim de promover certas capacidades em função de outras.
A organização de uma progressão temporal do ensino, com base no agrupamento de gêneros e nos diferentes níveis de operação de linguagem, é uma proposta que pode ser modificada, afim de que possa ser adaptado e completado com as situações concretas de ensino aprendizagem.
Nesse processo a progressão curricular deverá ser testada e entrar em prática para que depois possa ser avaliada do posto de vista didático, analisando suas possibilidades efetivas de gestão do ensino proposto, sua coerência dos conteúdos ensinados, assim como os ganhos de aprendizagem.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLV, Bernard.  Gêneros e progressão em expressão oral e escrita- Elementos para reflexões sobre uma experiência suíça (Francófona). Disponível em < http://ggte.unicamp.br/redefor3/cursos/diretorio/leituras_482_51//DOLZ%20&%20SCHNEUWLY_2004[1996].pdf?1333409130>. Acesso em 02 abr 2012.







Análise da reportagem “Por que não vivemos para sempre?”


Os textos verbais resultam de estratégias específicas de textualização, ao fazer uma leitura nota-se a sua natureza multissemiótica. As multissemioses são os recursos inseridos dentro do texto, ou seja, suas diversas linguagens como: escrita, cores, imagens (estáticas ou em movimento), gráficos, intertextualidades. A forma de organização textual interna dos textos contribui para a sua construção dos sentidos, portanto todo texto apresenta manifestação multissemiótica.
Na reportagem “Por que não vivemos para sempre?”, texto que circula na esfera digital, pode-se perceber várias características de natureza semiótica, entre elas os recursos verbais e visuais. Na primeira leitura, o receptor percebe tratar-se de uma reportagem de divulgação científica por estar publicada em uma das revistas mais importantes desse domínio social de comunicação, a Scientific American, e também pelo seu vocabulário de natureza científica (palavras como: pesquisadores, laboratórios, legado genético, DNA, célula, medicina, ciência, entre outros). 
A reportagem analisada foi produzida no domínio da transmissão e construção de saberes, sendo a principal ação de linguagem desempenhada nesse domínio: a exposição de um determinado conteúdo. O conteúdo foi apresentado em cinco partes.
No início do texto o autor, Thomas Kirkwood, apresenta mais explicitamente o seu ponto de vista sobre o tema, levantando algumas questões sobre o que se deve pensar sobre o fim da vida. Esses questionamentos são importantes porque, segundo o autor, “é saudável fazer essas perguntas, ao menos de vez em quando, e definir corretamente os objetivos da política e pesquisas médicas.
O texto também é enriquecido com relatos, um deles é quando o autor busca apresentar como diferentes grupos têm lidado com o processo de envelhecimento e, consequentemente, com a ideia da morte, Thomas Kirkwood relatou que: nossos ancestrais lidavam melhor com a morte, porque a viam com muito mais frequência. Há 100 anos, a expectativa de vida no Ocidente era 25 anos mais curta que hoje, resultado de muitas crianças e jovens adultos morrerem prematuramente.
No segundo relato, Thomas Kirkwood mostra como crianças refletem sobre a morte:
 Há alguns anos, enquanto dirigia com minha família pela África, uma cabra pega sob as rodas do nosso veículo morreu na hora. Quando expliquei à minha filha de 6 anos o que acabara de acontecer, ela perguntou: “A cabra era jovem ou velha?”. Fiquei curioso sobre a razão daquela dúvida. “Se ela estava velha, não é triste, porque não teria mais muito tempo para viver, de qualquer jeito”, foi a resposta. Fiquei impressionado. Se atitudes tão sofisticadas quanto à morte se formam tão cedo, não surpreende que a ciência lute para aceitar a realidade de que a maior parte do que sabíamos sobre o envelhecimento está errado. 
O texto, em um dos parágrafos, ainda apresenta uma descrição sobre o que acontece com o nosso corpo quando morremos:
Para explorar o pensamento atual sobre o que controla o envelhecimento, vamos começar imaginando um corpo no final da vida. O último suspiro é dado, a morte chega e a vida acaba. Nesse momento, a maioria das células está viva. Sem saber o que acaba de acontecer, elas conduzem, tão bem quanto possível, os processos metabólicos que suportam a vida – usando o oxigênio e os nutrientes à sua volta para gerar a energia necessária à síntese de proteínas e outros componentes celulares e ao suporte a suas atividades (a principal atividade das células). Em pouco tempo, privadas de oxigênio, as células morrem e, com isso, algo imensamente antigo chega a seu fim silencioso.
A reportagem também apresenta várias intertextualidades, na terceira parte, “evolução por adaptação”, o autor afirma que “sob a intensa pressão da seleção natural, as espécies acabam priorizando o investimento em crescimento e reprodução , o trecho citado faz referência à teoria da seleção natural de Charles Darwin. Segundo Darwin, “os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes .
A última parte do texto mostra que através dos estudos espera-se encontrar novas drogas capazes de combater as doenças relacionadas à idade, assim, encurtar o período de doenças crônicas experimentado no final da vida. Esse trecho pode ser relacionado ao filme “Cocoon: The Return”, uma ficção científica na qual um grupo de idosos partiu para o planeta Antarea, uma utopia alienígena onde as pessoas vivem para sempre livres de doença e da dor. A velhice perfeita do filme é uma verdadeira utopia, mas ciência do envelhecimento pode melhorar essa fase humana, pois segundo a reportagem “melhorar o fim da vida é um desafio, talvez o maior ainda a ser encarado pela ciência médica”, e para completar com uma ideia positiva, Thomas Kirkwood afirma que “podemos e iremos desenvolver tratamentos para facilitar nossos últimos anos”.


  Referência Bibliográfica:







Como e porque o ensino de Língua Portuguesa no Brasil passa de beletrista a procedimental


Não somente a Língua Portuguesa, mas também o seu ensino está em constante evolução. A linguagem sempre teve uma ligação direta com a arte, sendo considerada uma arte (beletrista ou belas letras) a ser ensinada. No entanto, percebe-se que o ensino das letras mudou de rumo, sendo seu ensino centrado em padrões e procedimentos, consequentemente, configurou-se um currículo procedimental, baseado na Psicologia Cognitiva e na Linguistica Textual, ao invés de um currículo comunicativo ou pragmático, como proposto na década de 70.   
Ao ensinar procedimentos que devem ser respeitados e seguidos, por exemplo, na alfabetização, não se aprende a compreensão, mas sim a decodificação de sinais. Percebe-se que atualmente o grande foco do ensino de língua portuguesa está na gramática, muitos professores dedicam a maior parte de suas aulas às normas, quando a ênfase deveria ser na leitura e na escrita. Estão ensinando muitas coisas, mas não o essencial: o domínio da linguagem.  Nas escolas não se produzem textos em que um sujeito diz sua palavra, mas simula-se o uso da modalidade escrita, para que o aluno se exercite.
Na verdade, é preciso a formação de indivíduos com capacidade de não apenas codificar sinais, mas sim formar indivíduos no sentido de compreender aquilo que lê. Ser letrado na vida e na cidadania é: escapar da literalidade dos textos e interpretá-los, colocando-os em relação aos outros textos e discursos, de maneira situada na realidade social; é discutir com os textos, e avaliando posições e ideologias que constituem seus sentidos; significa trazer o texto para a vida e colocá-lo em relação com ela. 
São notáveis as grandes transformações que a sociedade vem sofrendo em sua estrutura social, econômica e política, estabelecendo novas relações sociais, passando a exigir da escola formação de um novo aluno capaz de atuar na realidade social e transformá-la. Com essas transformações a escola é desafiada a repensar seu papel diante o meio social, formando alunos mais capazes para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e condutas que facilitem o enfrentamento de situações dinâmicas. Devendo ter como meta a preparação do aluno para a comunicação em massa, para resolver problemas práticos utilizando conhecimentos científicos, buscando sempre se aperfeiçoar.
Neste contexto a escola deve privilegiar o aprendizado da linguagem oral e escrita do aluno fazendo com que o aluno vá interagindo com textos, filmes, dramatizações e pesquisas, pois segundo Piaget (1993:58),
o conhecimento é construído a partir da interação do sujeito com o objeto. O desenvolvimento cognitivo se dá pela assimilação do conhecimento às estruturas anteriores presentes no sujeito e pela acomodação dessas estruturas, em função do que vai ser assimilado. Para Piaget, a criança se adapta de um conhecimento se agir sobre ele, pois aprende a modificar, descobrir, inventar.
Portanto, a função do professor de Língua Portuguesa é propiciar situações para que a criança construa seu sistema de significação da língua, organizando-a na mente poderá se estruturar na escrita ou na fala oral. Por isso o ensino da Língua Portuguesa deve ministrado com base no seu uso e reflexão.
Segundo a proposta de Geraldi (1984, p. 121-124.), a escola deve se tornar um espaço de produções de textos (e não de redações) e, para tal, a primeira providência a tomar é dar aos textos um destino (ainda que escolar) mais amplo que a mera correção do(a) professor(a).
Por isso, a proposta é trabalhar com os tipos (narrativo, injuntivo (regras, leis), relatos, argumentações, correspondências), num caderno de produções de textos, que, ao fim de um período, se transformará numa antologia ou em um jornal periódico de circulação escolar mais ampla.
Seguindo essa perspectiva, percebe-se que a produção textual deve estar próxima das práticas sociais. Seu ensino deve acontecer com base em gêneros textuais, sendo mais satisfatório, principalmente quando se põe o aluno, desde cedo, em contato com uma verdadeira diversidade textual, ou seja, com diferentes gêneros textuais que circulam socialmente. Assim serão formados verdadeiros cidadãos capazes de transformar a realidade social, assumindo uma postura intelectual transformadora, podendo ser produtores do seu próprio conhecimento.


 Referência Bibliográfica:
https://autoria.ggte.unicamp.br/unicamp-redefor/pages/public/main.jsf
GERALDI, J. W. (Org.) O texto na sala de aula: leitura e produção. Cascavel, PR: ASSOESTE, 1984[1981].
ROJO, R. H. R. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania.
PIAGET, Jean. A Linguagem e o Pensamento da Criança. São Paulo: Martins Fontes. 1993.

“Ensino do Português: origens das práticas e necessidades dos alunos hoje”


O século XIX foi um período de mudanças na sociedade brasileira, fazendo com que a burguesia e os novos trabalhadores viessem morar nas grandes cidades, em busca de educação e uma vida mais confortável. Neste contexto a educação centrou-se na oferta de cursos preparatórios, para treinar os interessados, deixando-os aptos para fazerem o exame de ingresso nas poucas escolas e cursos superiores existentes.

Durante o séc. XIX surgiu um dos mais importantes colégios, o Imperial Colégio de Pedro II, que por muitos anos ditou o currículo do Brasil, a partir da seleção de conteúdos e obras que entravam nos Preparatórios. Como o ensino secundário se subordinava aos Exames Preparatórios, seu currículo dependia do que era exigido por esses exames. Hoje, são as Universidades que preparam os vestibulares, influenciando os currículos do ensino.

A princípio, não havia uma disciplina de "Português". Havia uma educação centrada nos estudos clássicos baseada na gramática e na retórica poética, privilegiava-se o bem falar e as estruturas da escrita a partir do latim. A língua geral (língua de base indígena), usada nas trocas conversacionais cotidianas, era a mais falada. Por isso, a língua portuguesa era ensinada na escola como segunda língua, para alfabetizar, e não como disciplina autônoma. Depois dessa alfabetização em português, estudava-se a terceira língua - o latim. Segundo Soares (2004, p. 159), "o português ainda não se constituíra em área de conhecimento em condições de gerar uma disciplina curricular".

O Português começou a ser usado como língua das instituições oficiais do Brasil depois da Reforma de Estudos de Marquês de Pombal, em meados do século XVIII. E em 1869, a Reforma Paulino de Souza introduz o exame de Português nos Preparatórios. Somente em 1871, um decreto imperial cria o cargo de "professor de português". Depois dessas reformas as disciplinas: Retórica e Poética foram extintas, exceto a Gramática, e foi criada a disciplina de História da Literatura, incorporando a leitura, recitação, composição, redação, práticas ainda presentes nas aulas atuais.      

A entrada da disciplina Língua Portuguesa tinha uma função unificação do país, não houve muita preocupação em ensiná-la, mas sim assimilação de uma regra única, e essa prática ainda existe. O aluno era convidado a escrever um texto que atendesse às regularidades gramaticais, e desenvolvê-lo de ‘modo original’. A escrita, nesse caso, configura-se como uma tarefa que visa à escolha de palavras corretas e bonitas. Desconsidera, pois, inteiramente, o processo de construção de sentidos.
Percebe-se que o ensino da língua portuguesa, como finalidade de união nacionalista, não se adéqua mais à realidade do século XXI, por isso, outras maneiras de ensino foram propostas, dentre elas, o ensino através de gêneros textuais e orais.
Segundo Marcuschi (s/d), escrever um texto é uma atividade complexa e exige do escritor a interlocução com o texto, diferente de como foi no início do ensino da língua com o colégio Pedro II, nesse, os alunos recebiam, de forma descontextualizada, os textos e deveriam produzir seus próprios textos, porém sem orientação.
Escrever na escola deve ser visto como um ensaio, uma prévia do que será requerido dos estudantes no espaço social. O ensino deve contemplar diferentes letramentos. É fundamental que o contexto de produção seja explicitado, no que se refere ao objetivo pretendido, ao espaço de circulação, ao leitor presumido, ao suporte pressuposto, ao tom que será assumido e, também, ao gênero textual na relação com o letramento que se pretende realizar. 
É importante que o professor leve o aluno a compreender e a refletir os aspectos formais que organizam os diferentes gêneros textuais, suas práticas sociais e os discursos e temas que neles circulam. O assunto que se deseja ver elaborado na produção textual, deve estar em sintonia com a prática social, com o gênero textual estudado e com a faixa etária do aluno. O aluno precisa ser orientado a usar os conhecimentos que já possui sobre o tema e buscar informações novas em: jornais, revistas, livros, internet. Além disso, refletir sobre as estratégias linguísticas que se apresentam na escrita do texto.  
Para a escola formar alunos autônomos, produtores de textos possíveis de circular também nas esferas extraescolares, é necessário incluir capacitação específica das técnicas de redação, um trabalho de escrita interlocutivo e contextualizado as práticas sociais, assim eles perceberão que a gramática, a morfologia, a semântica, a sintaxe, a estilística e a literatura afluem para uma comunicação concisa, coerente e objetiva, seja de forma oral ou escrita.
Bibliografia:

·         SOARES, Magda Becker. Português na escola - História de uma disciplina curricular. In: BAGNO, M. (Org.) Linguística da norma. SP: Edições Loyola, 2004. P. 155-177.

·         Marcuschi, Beth. Escrevendo na escola para a vida; (texto redefor) (s/d)